Os Novos Móveis Da Diretoria

    Flexibilidade, ergonomia e, mais recentemente, valor emocional comandam a produção dos novos móveis da Diretoria.

 

Historicamente, os móveis de escritório de diretores expressavam a hierarquia dentro de uma estrutura organizacional rígida. Esta disposição existia desde épocas remotas e, ao longo do século XX, começam a ocorrer diversas transformações. O mobiliário, que em geral indicava posição social, poder e status em suas formas e materiais, a partir da escola de Bauhaus incorpora o conceito de que a forma de um objeto deriva da função e não da posição social.
A grande revolução no escritório ocorreu nos anos 40, quando materiais industriais como o aço e a baquelita passam a ser utilizados no mobiliário, Nos anos 60, com o estudo mais aprofundado da comunicação no ambiente corporativo, criam-se os escritórios flexíveis. Pode-se afirmar que se inicia uma “democratização” dentro do espaço de trabalho. “Não existem -ou não vão mais existir- chefes eternos atrás de suas mesas de mogno, Existem, sim, líderes de projetos que constantemente mudam de posição dentro da empresa” , constata o designer de Produtos Lars Diederichsen.

 

Hoje, o mobiliário operacional e de Diretoria é fabricado para estar integrado a um novo modelo de gestão empresarial onde a comunicação e a organização hierárquica aconteçam de forma horizontal e não mais vertical. Há alguns anos, ninguém imaginava um diretor de uma grande empresa trabalhando em um computador- função incorporada pela secretária.
Hoje, vê-se o contrário, o diretor dedica boa parte de seu tempo a essa máquina. As reuniões são virtuais. “Para não ficarem ultrapassados, os móveis precisam ser não só funcionais e ergonomicamente corretos; devem incorporar a evolução da tecnologia da comunicação”, lembra Lars
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O VALOR EMOCIONAL

Se um móvel reflete a cultura da empresa, ele traz ainda um outro fator subliminar chamado de valor emocional.

Agregado ao mobiliário, este valor é cada vez mais importante, porque representa o diferencial entre os diversos produtos existentes no mercado. O designer Lars exemplifica a questão citando dois casos: “Tratando-se do diretor de uma empresa mundial de alta tecnologia, ele escolherá um móvel que exprima dinamismo e domínio tecnológico. Já o cliente que senta à mesa de um executivo de um grande escritório de advocacia deve sentir solidez e confiança, ou seja, o mobiliário visa transmitir essa sensação. Este fator é o que determinará o design dos móveis de diretoria no futuro” , acredita Lars, enfatizando que designers e os próprios arquitetos, como especificadores, devem estar sempre “antenados” para a sorver em seus projetos valores estruturais das empresas, como a cultura, filosofia e comunicação.

 

 

 

TENDÊNCIAS

Analisando o tripé ergonomia, hierarquia e funcionalidade, fica difícil estabelcer qual dessas características prevalece. ” A ergonomia é priorizada”, opina o arquiteto Dante Della Manna. “Mas é indiscutível que cada vez mais a funcionalidade sobrepuje a ordem hierárquica de postos.

A tendência maior sempre será adequar o móvel à sua atividade, sem esquecer a flexibilidade”, comenta. No Brasil, observa-se uma redução no espaço corporativo, principalmente nas salas de Diretoria, onde a propensão é aglutinar os vários executivos em apenas uma sala. “Esta é mais uma questão econômica. Aqui, ao contrário dos Estados Unidos, o custo do m² é muito alto, o que justifica o surgimento de ambientes mais compactos” , garante Della Manna.
Visualmente o mobiliário passa a ser mais leve, seguindo a padronização do open office é mais flexível quanto a montagens e desmontagens.

 

 

Alguns fabricantes têm linhas específicas para móveis 'representativos' como são chamados, porém o mais comum é que as empresas adotem uma mesma linha para o escritório como um todo, diferenciando as áreas do gestores apenas pelo acabamento (via de regra, em madeira). Uma outra tendência observada nos ambientes de diretoria é incorporá-los cada vez mais à linguagem do ambiente, com a utilização de biombos em vez de divisórias piso-teto para as salas.

 

 

          

         

 

   COMO ESCOLHER O MÓVEL

Na hora de escolher um móvel de diretoria, deve-se levar em consideração alguns fatores como o padrão de acabamento do escritório como um todo, facilidade e flexibilidade, uma vez que as alterações de layout constantes atingem também os gestores em geral. A atividade exercida pelo usuário no seu dia-a-dia também é determinante. A partir daí, investe-se em um mobiliário que permita um maior grau de interação entre diretoria e subordinados, além de possibilitar reuniões e armazenamento de material.

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